Ah, filho! Sabe quando, às vezes, nos sentimos vazios? Foi exatamente assim que me senti ontem, tanto que nem consegui escrever aqui para você. Eu estava assistindo a um filme com o seu avô e de repente me percebi assim, vazia. Highlander, A Origem. O último de Duncan Mcleod, adoro! Parece uma história boba até, mas me delicio tanto com a idéia da imortalidade que me interessei por essa personagem desde a primeira vez que a vi, quando criança. Lembro-me bem de quando, ainda com menos de 1,5 metro de altura, chorava às noites na minha cama, em silêncio, olhando para uma moldura com a foto do meu pai que ficava presa na parede do meu quarto. Eu temia demais a morte dele, pedia todos os dias a Papai do Céu para nunca matar o meu pai, para mantê-lo vivo para sempre. Na verdade eu orava olhando para a foto dele, mas suplicava também por minha mãe e minha cachorrinha poodle da época. E por mim, claro! Mas a Binnie morreu…
Depois cresci, já estava com 19 anos e chorava às noites por temer a morte do primeiro homem da minha vida, um grande e verdadeiro amor. Ele tinha 11 anos a mais e eu já pensava na nossa velhice juntinhos, mas lembrava muito bem da diferença de idade. Sofria a sua morte antes da minha por antecipação. O que eu faria pelo resto da minha avançada vida sem ele por perto? Nossa, como sofri! Terminamos o namoro não por falta de amor, mas por discordâncias, por seguirmos rumos completamente opostos, por possuirmos idéias totalmente divergentes. Às vezes o amor não é suficiente, Anachin… No nosso caso, por exemplo, não foi. Ele morreu menos de dois anos depois do rompimento e então vi que eu não estava sofrendo por tanta antecipação assim. Tive que aprender a conviver com a dor de não tê-lo mais por perto desde a minha juventude. Nessa época eu ainda temia por meus pais, por meu cachorro Mix (meu maior companheiro) e por ele. A vida levou o meu amor e o meu melhor amigo…
Seria maravilhoso se fôssemos todos imortais! Ontem, após assistir ao filme, me senti tão vazia! Precisei deitar, e pensar… Pensar! A imortalidade, tudo que eu sempre desejei antes de ter mesmo a noção de que era um sonho impossível. Se isso fosse alcançável eu poderia viver muitas vidas, poderia ser muitas pessoas e ter muitas idéias diferentes. Seriam experiências inacreditáveis! Tenho certeza de que a maioria das pessoas já pensou sobre esse assunto...
Eu poderia me arriscar com toda a imprudência, não teria medo de experimentar todas as drogas e curtir as maravilhosas sensações descritas por usuários, maravilhosas mas bem menos virtuosas do que a nossa simples vida de mortal. Seria grandioso poder ter muitas profissões, viajar todo o mundo, teria tempo suficiente para trocar de filosofia de vida! De tempos em tempos eu seria uma personagem diferente, com visual modificado e ar inusitado. Nossa, filho! Volto a ser a criança sonhadora de antes sempre que penso nisso!
Se fôssemos imortais não haveria a sensação de que “aquilo que deveria ter sido, não foi. E o que pode ser, nao será”. Não sofreríamos por algo irremediável, seria possível corrigir qualquer erro cometido. Cada dor que te fosse causada, seria fácil curar. Bastaria morrer e renascer para uma nova vida, para um começo. Começo, não seria recomeço, sempre tudo novo! O velho que sempre seria novo…
Um dia, há alguns anos, me veio uma frase tipo filosófica em mente e isso passou a fazer algum sentido. Talvez tenha sido um presente divino depois de tantas súplicas por um caminho para o “FELIZES PARA SEMPRE” dos filmes da Disney. O pensamento estava certo e só agora eu entendi como atingí-lo.
“A imortalidade só é alcançada por aqueles que são capazes de escrever a sua própria história”.
Hoje, além de temer por meus pais, receio por você, querido. Preciso mais do que nunca ser imortal. Não para mim, mas para você! Para seus filhos e seus netos... Quando digo que este blog é o melhor presente que eu poderia te dar é exatamente neste sentido. A eternidade. Não apenas a minha, mas a sua e a de seu pai. A de seus avós, dos amigos de sua mãe, da sua família.
Ah! Uma coisa mais que não mencionei. No filme, os incansáveis guerreiros procuram a fonte da vida e o segredo da imortalidade. Depois de lutas seculares e massacrantes, Duncan Mcleod, por mérito, foi o escolhido para conhecer a verdade. Sabe qual foi a revelação inesperada? Um filho…
Depois cresci, já estava com 19 anos e chorava às noites por temer a morte do primeiro homem da minha vida, um grande e verdadeiro amor. Ele tinha 11 anos a mais e eu já pensava na nossa velhice juntinhos, mas lembrava muito bem da diferença de idade. Sofria a sua morte antes da minha por antecipação. O que eu faria pelo resto da minha avançada vida sem ele por perto? Nossa, como sofri! Terminamos o namoro não por falta de amor, mas por discordâncias, por seguirmos rumos completamente opostos, por possuirmos idéias totalmente divergentes. Às vezes o amor não é suficiente, Anachin… No nosso caso, por exemplo, não foi. Ele morreu menos de dois anos depois do rompimento e então vi que eu não estava sofrendo por tanta antecipação assim. Tive que aprender a conviver com a dor de não tê-lo mais por perto desde a minha juventude. Nessa época eu ainda temia por meus pais, por meu cachorro Mix (meu maior companheiro) e por ele. A vida levou o meu amor e o meu melhor amigo…
Seria maravilhoso se fôssemos todos imortais! Ontem, após assistir ao filme, me senti tão vazia! Precisei deitar, e pensar… Pensar! A imortalidade, tudo que eu sempre desejei antes de ter mesmo a noção de que era um sonho impossível. Se isso fosse alcançável eu poderia viver muitas vidas, poderia ser muitas pessoas e ter muitas idéias diferentes. Seriam experiências inacreditáveis! Tenho certeza de que a maioria das pessoas já pensou sobre esse assunto...
Eu poderia me arriscar com toda a imprudência, não teria medo de experimentar todas as drogas e curtir as maravilhosas sensações descritas por usuários, maravilhosas mas bem menos virtuosas do que a nossa simples vida de mortal. Seria grandioso poder ter muitas profissões, viajar todo o mundo, teria tempo suficiente para trocar de filosofia de vida! De tempos em tempos eu seria uma personagem diferente, com visual modificado e ar inusitado. Nossa, filho! Volto a ser a criança sonhadora de antes sempre que penso nisso!
Se fôssemos imortais não haveria a sensação de que “aquilo que deveria ter sido, não foi. E o que pode ser, nao será”. Não sofreríamos por algo irremediável, seria possível corrigir qualquer erro cometido. Cada dor que te fosse causada, seria fácil curar. Bastaria morrer e renascer para uma nova vida, para um começo. Começo, não seria recomeço, sempre tudo novo! O velho que sempre seria novo…
Um dia, há alguns anos, me veio uma frase tipo filosófica em mente e isso passou a fazer algum sentido. Talvez tenha sido um presente divino depois de tantas súplicas por um caminho para o “FELIZES PARA SEMPRE” dos filmes da Disney. O pensamento estava certo e só agora eu entendi como atingí-lo.
“A imortalidade só é alcançada por aqueles que são capazes de escrever a sua própria história”.
Hoje, além de temer por meus pais, receio por você, querido. Preciso mais do que nunca ser imortal. Não para mim, mas para você! Para seus filhos e seus netos... Quando digo que este blog é o melhor presente que eu poderia te dar é exatamente neste sentido. A eternidade. Não apenas a minha, mas a sua e a de seu pai. A de seus avós, dos amigos de sua mãe, da sua família.
Ah! Uma coisa mais que não mencionei. No filme, os incansáveis guerreiros procuram a fonte da vida e o segredo da imortalidade. Depois de lutas seculares e massacrantes, Duncan Mcleod, por mérito, foi o escolhido para conhecer a verdade. Sabe qual foi a revelação inesperada? Um filho…
Nenhum comentário:
Postar um comentário